Crítica ao processo de transposição didática

Começamos a sétima aula por discutir que o modelo de transposição didática é criticado por não centrar nos alunos. E mesmo sendo um esquema útil para compreender o processo de transformação do conhecimento científico em conhecimento ensinado, não tem o aluno como centro do processo. Segundo Helena Copetti Callai, o aluno ali aparece como consumidor e não como inspiração para o currículo. 


Falamos também sobre Juan Amós Coménio (1592-1670), o pai da didática, que é a arte de ensinar tudo a todos. Foi desenvolvida por Coménio como instrumento para propagar o protestantismo como nova religião. 


Coménio inclui no seu conceito de escola materna a Geografia, quando afirma que: 


“(A criança) Aprende os primórdios da geografia, quando começa a entender o que é um monte, um vale, um campo, um rio, uma aldeia, um castelo, uma cidade, segundo as ocasiões que lhe oferece o lugar onde é educada.” (Coménio, 1657)


É por isso o  “pai da Geografia local”. 


Discutimos assim a origem do ensino moderno, onde se trabalha a ideia de que devemos ensinar tudo a todos. E as limitações desta compreensão, porque não distingue as capacidades e aprendizagens prévias de cada um, trata como se todos fossem iguais e pudessem aprender ao mesmo tempo. 


Falamos um pouco sobre o conceito de competências que é a combinação entre conhecimentos, capacidades e atitudes. Expressa na seguinte figura: 


The Future of Education and Skills: OECD Education 2030 Framework Knowledge, skills, attitudes and values are seen as interconnected and interacting to produce competencies (or capabilities) in action. 
E terminamos a aula com uma dinâmica de grupo para discutir o valor formativo da Geografia, cujas conclusões discutiremos na próxima aula.

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