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A mostrar mensagens de novembro, 2022

Análise crítica das Aprendizagens essenciais de Geografia

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 A sessão 11, no dia 26 de novembro, foi uma aula extra online, uma vez que tínhamos duas aulas comprometidas no mês de dezembro por conta dos feriados. Nesta aula foi falado as aprendizagens essenciais para a disciplina de Geografia dos diversos níveis letivos. Onde foi reforçada a f alta de coerência entre o discurso das Aprendizagens Essenciais (AEs) e as listagens dos seus conceitos . O 7 º ano começa pela definição de Geografia, no entanto não consta nesta definição a valorização da relação homem natureza. Foi colocado que as AEs do 7 º ano são demasiado extensas para os conteúdos que devem ser trabalhados neste nível. No 8 º ano o tema transversal é o da população. No que diz respeito às atividades económicas existe um foco muito grande às relações rurais, deixando pouco espaço para as outras atividades. Sobre o 9º ano, o sistema mundo aparece com destaque, tendo relação com parte dos conteúdos do 7 º ano. Questionou-se se faria sentido essa divisão.   No ...

Saber pensar o espaço, um conhecimento fundamental

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Na aula de 24 de novembro, a sessão 10, falamos da segunda carta internacional de educação geográfica. A segunda carta vem para reforçar a necessidade de redes de colaboração e para atualizar a primeira carta. E fala da necessidade de que a geografia deve valorizar o interesse dos alunos pelo planeta, discurso que não aparece na primeira carta. Falamos depois do texto de Merenne-Shoumaker, sobre o saber pensar o espaço. Que indica que o ensino da geografia no ensino básico e secundário não pode ser uma geografia decalcada da geografia universitária. Qual seria então a diferença entre geografia e educação geográfica? A educação geográfica deve ter como foco dar a todos uma educação de base de Geografia. Incentivar o aluno a olhar para o mundo, e também pensar e criticar a sua realidade. Passar o saber de pensar sobre o espaço, de forma a compreender e agir dentro do seu espaço e ter em conta os espaços dos outros. A Merenne-Shoumaker parte da compreensão da existência de diverso...

O campeonato mundial de futebol e a educação geográfica

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Está a acontecer o campeonato mundial de futebol, que mobiliza milhões de pessoas para acompanhar os jogos, sendo um dos maiores eventos de entretenimento do mundo. O futebol é um desporto que encanta a maior parte das crianças e adolescentes, e recentemente também o futebol feminino tem adquirido maior relevância. Através da temática do mundial podemos desenvolver a educação geográfica e estabelecer relações sociopolíticas, econômicas e culturais. Este tipo de estratégia ajuda na motivação e envolvimento dos alunos e permite o desenvolvimento de competências e habilidades não apenas da localização, mas também da tolerância e respeito à diversidade. O campeonato mundial conta com a participação de 32 países de todos os continentes. Possibilitando trabalhar com o aluno diversos conceitos de localização, da divisão política dos países, dos continentes e suas localizações. É possível através desta temática que os alunos conheçam novos países, e que aprofunde o conhecimento acerca das ...

A primeira carta internacional da Educação Geográfica

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Na aula do dia 17 de novembro, a nona sessão, foi feita a visualização da estátua “O Homem e a Serra”.   Localizada em Vieira do Minho, bastante próxima ao parque nacional Peneda-Gerês, a estátua simboliza a relação entre o Homem e a Natureza. Numa perspetiva ecológica, esta relação pode ser vista de maneira determinista, onde a natureza determina a humanidade, ou de maneira possibilista, onde ambos se influenciam mutuamente. Já a perspetiva corológica, corresponde à Nova Geografia, onde se estudo as relações causais entre os fenômenos geográficos. Em seguida foi falado sobre a primeira Carta Internacional da Educação Geográfica, feita em 1992. Escrita após a queda do muro de Berlim (1989), a carta tem a simbologia de um posicionamento da geografia acerca das profundas transformações que ocorriam no mundo. A carta tem um significado revolucionário e é bastante atual. A presenta um conjunto de desafios , s ocia is , económico s e ambienta is. A carta é baseada no princípio da...

O valor formativo da Geografia

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A oitava sessão da UC de didática de Geografia foi online e começou pela apresentação dos grupos da conclusão que chegaram da dinâmica realizada na aula passada. “O valor formativo da geografia reside na transposição do conhecimento sobre os territórios e fenómenos de natureza física e humana que nele ocorrem. Tem como objetivo desenvolver competências para que o indivíduo tenha a capacidade de interpretar e se relacionar com o mundo. Desenvolver também a capacidade de recorrer a diversos recursos, incluindo as novas tecnologias, para recolha, interpretação e compreensão dos dados. O ensino da Geografia tem como finalidade permitir ao aluno o desenvolvimento do pensamento crítico, para que possa identificar e propor soluções para os problemas atuais”  Essa foi a conclusão do nosso grupo composto através da técnica Phillips 66 que consiste numa atividade que forma 6 grupos por letras onde cada letra terá também 6 números. Desta forma os membros do primeiro grupo depois serão distri...

Crítica ao processo de transposição didática

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Começamos a sétima aula por discutir que o modelo de transposição didática é criticado por não centrar nos alunos. E mesmo sendo um esquema útil para compreender o processo de transformação do conhecimento científico em conhecimento ensinado, não tem o aluno como centro do processo. Segundo Helena Copetti Callai , o aluno ali aparece como consumidor e não como inspiração para o currículo.  Falamos também sobre Juan Amós Coménio (1592-1670), o pai da didática, que é a arte de ensinar tudo a todos. Foi desenvolvida por Coménio como instrumento para propagar o protestantismo como nova religião.  Coménio inclui no seu conceito de escola materna a Geografia, quando afirma que:  “(A criança) Aprende os primórdios da geografia, quando começa a entender o que é um monte, um vale, um campo, um rio, uma aldeia, um castelo, uma cidade, segundo as ocasiões que lhe oferece o lugar onde é educada.” (Coménio, 1657) É por isso o  “pai da Geografia local”.  Discutimos assim a or...

Transposição didática

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Na aula do dia 27 de outubro, a sexta sessão, discutimos em sala capítulos do livro “ Recontextualising Geography in Education”, editado por Mary Fargher, David Mitchell e Emma Till.  Falamos sobre  o conjunto de transformações do conhecimento científico até que se torne conhecimento ensinado. O processo de transposição didática. A noosfera é a esfera do saber, dos que produzem o conhecimento científico, e é composta pelos acadêmicos, as instituições de referência de determinada sociedade (por ex. a igreja) e atuam também a nível dos valores. São quem no fundo decide que tipos de conhecimentos são importantes.  Da noosfera são produzidos os documentos programáticos, o programa que define os “conteúdos de ensino” e é feito pela instituição que atua sobre o tema da educação, o ministério da educação. Tendo os conteúdos do currículo definidos, os manuais escolares e outros recursos pedagógicos são produzidos pelos autores e as editoras.  O professor escolhe o manual e ...